domingo, 4 de dezembro de 2011

Escravidão




Escrava de minha janela, 
Escrava de meus ouvidos
Enaltecidos por qualquer som
Que me remeta a ti

Fujo, tento esconder-me
Criança com medo e lamuriosa
Adulta ferida e mórbida

Ouvidos surdos para tua voz
Voz silente...
Entusiasmo, loucura
Sofrimento e desesperança
Esperar sabendo o que acontecerá longe de mim...

Tentei, forcei, súplicas inúteis
Foges, humilhas, destroças, desdenha, não se importa
Aventurei-me, busquei
Outros não me despertam...
Só teu beijo despertará a bela
Gélida, pálida
Em seu leito
Face ainda ruborizada
Boca levemente quente
Jaz a tua espera

O calor do corpo se dissipa
Assim como as boas lembranças
Restando dores, angústias
Imagens impactantes
Imaginação do momento real
E um corpo inerte perdendo as cores da alma...

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